Caso mais recente de 'O avesso da pele' acende alerta: 'Não é algo que vai desaparecer simplesmente com trocas de governos', diz presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros
Caso mais recente de 'O avesso da pele' acende alerta: 'Não é algo que vai desaparecer simplesmente com trocas de governos', diz presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros
Após ser criticado por professores, políticos e influencers por descrever atos sexuais e usar palavras de “baixo calão”, “O avesso da pele” teve exemplares recolhidos em escolas estaduais do ensino médio em Goiás e no Paraná. O episódio soou o alerta no mundo dos livros, mobilizando editores, autores e educadores. Está longe, porém, de ser o único caso de cerceamento de obras literárias nos últimos tempos.
Especialista em formação de leitor, a professora e crítica literária Ana Crelia Dias aponta que, mesmo durante a ditadura militar, o ensino da literatura nas escolas esteve fora do olhar da censura. Os livros teriam entrado no rol das contraindicações num governo democrático, em 2010, quando as discussões do politicamente correto avançaram em direção às artes “produzindo fenômenos contraditórios”, segundo Dias.
— Livros com palavrões apenas trazem situações cotidianas, que estão longe de escandalizar os mais jovens — diz a professora. — Ao contrário, encenam paixões, dão relevo a emoções específicas, constroem o tecido da expressão na obra.— Vejo dois movimentos nestas ações — ele comenta.
Isso não significa, todavia, que os ataques sejam comemorados. Cerceamentos ao conteúdo dos livros podem limitar a diversidade dos acervos públicos, prejudicando pessoas que têm bibliotecas como fonte única de leitura, acredita Dante Cid. Também podem incentivar a autocensura em autores que pretendem ter seus livros adotados nas escolas, além de ser uma fonte permanente de ansiedade para agentes de leitura que sofrem pressões.
— Uma biblioteca dá a liberdade de leitura a todas as formas cidadãs de aproximação ao livro — diz o imortal da ABL. — Uma das coisas que discutimos no Conselho Nacional de Justiça é que o direito à leitura é um direito cidadão e universal.
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