O dossiê, divulgado pelo Observatório de Mortes e Violências contra LGBT+ no país aponta, ainda, para uma morte a cada 32 horas, no ano passado. Entidades e associações cobram políticas públicas g1
O Brasil registrou, em média, duas mortes de pessoas LGBTQIAPN+ a cada três dias, ou uma morte a cada 32 horas, em 2022. Os dados são do dossiê do Observatório de Mortes e Violências contra LGBT+ no Brasil, obtido com exclusividade pela GloboNews.
As entidades e associações envolvidas na confecção dos dados apresentarão o dossiê para a Secretaria Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, vinculada ao Ministério dos Direitos Humanos, no dia 16 de maio, com o objetivo de cobrar políticas públicas de acompanhamento e acolhimento da comunidade LGBTQIAPN+.
Além dos assassinatos, também foram identificados pelo dossiê, diversos tipos de violência, como agressões físicas e verbais, negativas de fornecimento de serviços e tentativas de homicídios em diversos ambientes; domésticos, públicos, cárcere ou local de trabalho. Relatos testemunhais e enviados aos canais de comunicação das organizações integrantes do observatório ou parcerias também são utilizados.
As mortes analisadas são divididas entre assassinatos e 'outras mortes' . Entre os assassinatos, as mulheres trans e as travestis lideram o ranking das vítimas, com 134 casos, seguidas dos homens gays, com 86 mortes. “O que a gente precisa entender, é que a comunidade continua em vulnerabilidade, além de, historicamente sentir e sofrer preconceito, afetando saúde mental. O que há de mais abissal e profundo nessa violência é o atentado às nossas vidas só por ser quem somos, por amar quem amamos, de forma genuína.
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