O candidato que lidera intenções de voto, Javier Milei, prometeu transformar mais uma vez a Argentina em “uma potência mundial”, mas será que alguma vez ela já foi? E o que deu errado?
“A Argentina começou o século 20 como o país mais rico do mundo e hoje tem 40% de pobres e 10% de indigentes.”
Essas frases nostálgicas são lembranças de uma época de ouro que muitos no país idealizam. E que alguns políticos, como Milei, prometem resgatar. O ex-presidente Mauricio Macri – cujo campo político é representado nestas eleições pela candidata Patricia Bullrich – propôs na época transformar a Argentina numa “nova Austrália”, um país que na primeira parte do século XX teve uma trajetória econômica semelhante à Argentina, mas que conseguiu se manter no caminho do desenvolvimento, algo que muitos argentinos tomam como exemplo do que sua nação deveria ter feito.
No entanto, a metodologia utilizada foi questionada por muitos historiadores econômicos, levando à publicação de uma nova série estatística em 2020 que tirou o troféu de número 1 do país sul-americano, relegando-o para o sexto lugar em 1896. Embora a riqueza de todos os países – incluindo a Argentina – tenha aumentado ao longo do tempo, a nação sul-americana começou o século XX com a renda de um país rico e aos poucos foi ficando cada vez mais relegada na tabela internacional.
No entanto, ele observou: “Fica claro pelos números que as coisas começaram a ficar complicadas depois do peronismo”. No entanto, Spotorno esclareceu que muitos dos problemas que Perón enfrentou surgiram antes da sua chegada e foram agravados pelo contexto internacional desfavorável que a Segunda Guerra Mundial trouxe.
Afinal, as potências com as quais o país conviveu no início do século se beneficiaram pelo Plano Marshall, que depois da Segunda Guerra lhes permitiu regressar ao caminho do desenvolvimento. Muitos acadêmicos sustentam que o verdadeiro desastre econômico ocorreu com o regime militar, há 40 anos.“Nos trinta anos após 1945, a Argentina dobrou sua renda per capita e expandiu seu PIB a taxas superiores às dos Estados Unidos e também às do Reino Unido, Austrália ou Nova Zelândia ", observou numa coluna de opinião no jornal El Diario AR.
“Quando os militares quebraram formalmente a ordem constitucional em 1930, a Argentina embarcou no caminho do desenvolvimento institucional instável e das frequentes transições de idas e vindas entre ditadura e democracia.” “A falta de instituições permitiu que os governos procurassem sempre atalhos, em vez de fazerem as coisas direito, e isso culminou em sucessivas crises fiscais.”
Italia Ultime Notizie, Italia Notizie
Similar News:Puoi anche leggere notizie simili a questa che abbiamo raccolto da altre fonti di notizie.
Quem é Javier Milei, candidato a presidente nas eleições da ArgentinaMilei disputa agora os votos de mais de 35 milhões de argentinos desiludidos com o atual quadro econômico e social do país
Leggi di più »
Javier Milei, Patricia Bullrich e Sergio Massa: conheça os três favoritos nas eleições presidenciais da ArgentinaEscolha quais assuntos você quer ver e clique no botão para abrir as últimas notícias.
Leggi di più »
Javier Milei, Patricia Bullrich, Sergio Massa: quem são os candidatos à Presidência da ArgentinaPesquisas indicam o favoritismo do presidenciável da extrema-direita, mas analistas dizem que disputa está aberta, inclusive sobre a possibilidade de haver ou não um segundo turno
Leggi di più »
Ato de Javier Milei seduz jovens ‘exauridos’ com a ArgentinaAndré Lucena, repórter de CartaCapital, acompanhou o último ato da campanha do 'anarcocapitalista' em Buenos Aires
Leggi di più »
Saiba quem é Javier Milei, candidato à Presidência da Argentina apoiado por BolsonaroCandidato foi o mais votado nas primárias, com 30,02% dos votos
Leggi di più »
Milei, Massa e Bullrich, favoritos nas eleições na Argentina, encerram campanhas; votação é no domingoEscolha quais assuntos você quer ver e clique no botão para abrir as últimas notícias.
Leggi di più »