Ambientalistas afirmam que é preciso acelerar contratações de projetos com saldo atual de R$ 4,1 bilhões para acelerar novos depósitos
Carlos Minc, ex-ministro do Meio Ambiente: projetos precisam ser executados para que parcelas sejam depositadas — Foto: Léo Pinheiro/Valor
O Fundo Amazônia tem hoje um saldo em caixa de R$ 4,1 bilhões. Esse valor considera depósitos feitos até 2019 pelos principais doadores do primeiro ciclo, incluindo Noruega, Alemanha e Petrobras, o rendimento financeiro das operações com juros; além de um depósito de R$ 100 milhões da Alemanha, o único novo feito em 2023.
O Fundo Amazônia foi criado em 2008 para captar doações para investimentos não reembolsáveis, que não precisam ser devolvidos, aplicados para combater o desmatamento na Amazônia Legal. O mecanismo, considerado pioneiro na área, funcionou normalmente até 2019. Desde que assumiu, o ex-presidente Jair Bolsonaro atacou a governança do projeto e extinguiu conselhos que formavam a base da iniciativa.
Minc alerta: “É claro que novos projetos precisam ser executados para que outras parcelas sejam depositadas”. Minc, que comandava o Meio Ambiente quando o fundo foi criado, enfatiza que não houve provas de malfeitos ou corrupção com os recursos já utilizados.Desde que foi criado, o Fundo Amazônia investiu R$ 1,75 bilhão em 104 projetos.
Uma das estratégias adotadas pelo governo na retomada da iniciativa é dar prioridade à análise de projetos que estavam em fase avançada de aprovação e foram suspensos com o abandono do fundo pela gestão anterior. Questionado pelosobre o andamento das negociações, o BNDES informou que dois projetos foram contratados em 2023.
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