Três histórias a partir de documentos dos séculos XVII e XIX mostram que há muito a ser contado sobre uma chaga que marcou a formação da sociedade brasileira
No período colonial e no Império, as cidades brasileiras podiam ser cercadas por violência, doenças epidêmicas e desastres ecológicos. Em 1835, o Rio de Janeiro foi tomado por uma epidemia de medo.
Cais do Valongo: tombado pelo Iphan, maior porto de escravizados no país e onde morava africano respeitado por outros que eram iniciados em práticas religiosas que amedrontaram moradores em 1835 — Foto: Hermes de Paula, onde não mais funcionava o porto devido à legislação que proibiu o tráfico desde 1831, chegaram denúncias de que morava um africano a quem rendiam o “maior respeito” muitos escravizados que se iniciavam no local em "princípios...
Foi um momento de muita intolerância, truculência e perseguição que cercaram a população negra urbana carioca. Em fins de 1835, o presidente da província, Joaquim José Rodrigues Torres, em ofício ao Ministério da Justiça, admitiu que tantos boatos sobre insurreições na Corte e no interior estavam sendo escritas por denúncias exageradas "tintas com a cor do medo". O medo da cor negra da população carioca.
Eram comuns reclamações contra quitandeiras que supostamente produziam “alarido” e confusão. Com a petição de 1776, elas provocaram debates na Câmara sobre o impedimento de “venderem nas paragens donde as expeliram” e preocupação com o “tão notável prejuízo das suplicantes”. Passado alguns meses, a disputa foi decidida pelo ministro da Justiça, que decidiu pela volta das quitandeiras às suas costumeiras áreas de comércio entre o prédio da Câmara e da Cadeia. “O bem comum deve prevalecer a qualquer utilidade particular”, justificou.Durante quatro séculos, o tráfico atlântico através da escravidão, do comércio e do sequestro de pessoas conectou partes do continente africano e as Américas.
Os documentos do Arquivo do Pará trazem o relato de Mister Gray: ele admitiu ter sido comprado na condição de cativo pelo tal Fernando, mas numa ação ilegal. Havia servido por quase oito anos na Royal African Corp, tropa inglesa em Serra Leoa. Foi então que “foi cercado num campo por pretos e forçosamente levado até Cabinda e lá vendido” e trazido para Belém, onde novamente foi vítima do comércio de pessoas.
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