'Alimentação no domicílio' deve ter queda, puxada por itens como leite, ovos, tubérculos e legumes
A projeção do mercado para a divulgação do IPCA de agosto é que o índice acelere em relação às leituras anteriores No entanto, o grupo alimentação deve continuar a sua trajetória de queda, com intensificação desta redução. O economista Fábio Romão, da LCA Consultores, acompanha de perto o índice e projeta que o grupo Alimentação e bebidas irá de -0,46% em julho para -0,71% em agosto.
Com isso, no acumulado dos 12 meses, os alimentos terão deflação de -0,44% em agosto, após registrar 0,66% em julho. - A projeção é de uma queda importante em tubérculos, raízes e legumes, destacadamente, batata inglesa e tomate, hortaliças e verduras, aves e ovos. Leite e derivados vêm em queda importante já há uns três meses e têm relação em parte com a importação da Argentina e do Uruguai. Carnes também vai apresentar queda, não tão forte como em julho, mas continua em queda.
Como Romão explicou anteriormente, esta queda significa que os preços pararam de subir. Ele exemplifica dizendo que é como se o valor dos alimentos subissem uma montanha de jipe e agora estão descendo a pé. - Em 2020, a inflação da Alimentação no domicílio foi de 18,16%. Em 2021, 8,23% e, em 2022, 13,21%. O modesto contraponto: para 2023, a projeção é de -1,66%. Ou seja, apenas "parou de piorar", mas gera alívio para o bolso do consumidor.