Quase 30 ônibus foram queimados na região em represália de criminosos à morte de um miliciano; antes rivais, grupos do narcotráfico e milícias agora se aliam pelo controle de comunidades
Câmera de segurança da Polícia Militar do Rio mostra um dos ônibus incendiados na zona oeste da cidade nesta segundaA zona oeste do Rio de Janeiro vive nesta segunda-feira mais um episódio dos violentos confrontos de grupos criminosos com a polícia ou entre si pelo domínio da região.
Segundo o jornal O Globo, Faustão era considerado o segundo homem na hierarquia da milícia e que seria o principal encarregado nas disputas entre bandos rivais na zona oeste.Ataque em escola: os 4 minutos em que a polícia de Nashville conseguiu interromper a açãoSem distinção entre milícia e tráfico Na disputa em que o armamento do Exército seria usado está uma narcomilícia da Gardênia Azul agora aliada ao CV.
Perseu teria sido confundido com Taillon Barbosa, um miliciano rival dos autores da chacina, e que foi recentemente solto da prisão. Segundo Carlos Nhanga, coordenador regional do Fogo Cruzado, a disputa entre esses grupos na zona oeste do Rio não começou agora, mas se intensificou pela entrada de novos atores na disputa pelos territórios.“Hoje, tem facções do tráfico entrando. A morte do Ecko gerou um novo cenário. Não existe vácuo de poder. Determinadas ações têm consequências, pelos dados históricos do Rio de Janeiro.
“Os dados de 2022 e 2023 mostram que tivemos uma reversão da tendência nacional no Sudeste, que foi afetada pelo Rio”, diz ele. Os milicianos também impunham a venda de produtos, como gás em botijão e água mineral, e serviços, como acesso clandestino à internet, TV a cabo pirata e transporte por vans.
Natalino foi preso ainda no mandato, ao qual renunciou. Depois de cumprir dez anos de cadeia por vários crimes, entre eles o de formação de quadrilha, os dois desistiram das carreiras parlamentares, embora tentassem influir na política. Mas o bando rachou. A dissidência é chefiada por Danilo Dias Lima, o Tandera, que era aliado de Ecko.
Algumas características da região ajudaram no desenvolvimento dos grupos criminosos. O modelo de negócios dessas quadrilhas, a partir do domínio territorial armado, focava loteamentos, compra e venda de imóveis e oferecimento de serviços de infraestrutura.
"A zona oeste se tornou mais homogeneamente miliciana", diz Hirata. "Agora tem a disputa ali. Depois da morte do Ecko, houve uma disputa pela sucessão, ainda em curso, pelo Zinho, Tandera e outros. Isso ajuda a entender o caso dos médicos."A Polícia Civil do Rio afirma que tem feito um trabalho intenso de combate aos milicianos da zona oeste, o que teria desestabilizado os grupos criminosos daquela região.
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