Fundado por Cartola e sua esposa, Dona Zica, em 1963, local ficou aberto por apenas 20 meses, mas influenciou cultura do país ao aproximar músicos do morro dos bossa-novistas e da contra-cultura
Rua da Carioca, número 53. O endereço do sobrado no Centro do Rio de Janeiro, onde hoje funciona um bufê a quilo, pode não dizer muita coisa para as novas gerações. Para os mais velhos, porém, representou uma revolução. Há 60 anos, o sambista Cartola e sua companheira, Dona Zica, uniram seus nomes e abriram ali a casa de samba Zicartola, dirigida e frequentada por um público negro do morro e dos subúrbios.
— Não havia nenhum lugar dedicado ao samba como esse — diz Barros, lembrando que a casa de Tia Ciata, décadas antes, não era um espaço tão público, e o Café Nice era apenas um ponto de encontro para sambistas. — E ele surge em um momento-chave, em que a era do rádio havia acabado e as escolas de samba cresciam afastando seus fundadores. Ou seja, os sambistas tradicionais estavam esquecidos.
— Não existe samba sem fartura de comida, são elementos indissociáveis. Isso é outro aspecto da cultura do samba que o Zicartola trouxe. A Estudantina Musical, em 1964: Nara Leão ao lado de Zé Keti com Paulinho da Viola e Élton Medeiros — Foto: Arquivo / Agência O GloboO público que não conseguia entrar no Zicartola acabava se espalhando pela Praça Tiradentes, resultando numa revitalização das gafieiras locais, como a Estudantina.
O sucesso das músicas da Nara lançaram luz sobre os compositores do morro e ajudaram a moldar o guarda-chuva musical que começava a ficar conhecido pelo rótulo de Música Popular Brasileira.
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