Votação histórica no Parlamento israelense resultou em protestos com dezenas de milhares de manifestantes nas ruas de Jerusalém e de Tel Aviv
na segunda-feira 24. Estradas foram bloqueadas, pneus incendiados, resultando em dezenas de prisões e ao menos 20 feridos em confrontos com a polícia. A repressão é denunciada pela oposição israelense e o cancelamento da chamada Cláusula de Razoabilidade pelo Parlamento do país é alvo de duras críticas dos Estados Unidos e da Alemanha.
Ao menos 58 pessoas foram detidas após os confrontos com a polícia. Entre os manifestantes, há cidadãos de diferentes posições políticas e meios sociais: laicos ou religiosos, militantes pacíficos, operários, trabalhadores do setor da tecnologia e até reservistas militares. Nesta manhã, diversos jornais israelenses publicam capas completamente pretas, com manchetes que denotam o temor pelo futuro da democracia no país.A cláusula, que existia há cerca de 50 anos, estabelecia que a Suprema Corte de Israel poderia contestar, ou mesmo cancelar, uma decisão do governo que considerasse contrária ao bom senso e à proporcionalidade.
Há quem sugira, no entanto, que Netanyahu quer enfraquecer a Suprema Corte por motivos pessoais. Ele enfrenta três indiciamentos por corrupção e busca alguma forma de evitar ir para a prisão. . Ele foi hospitalizado no fim de semana para colocar um marcapasso depois que médicos identificaram uma arritmia cardíaca no líder de 73 anos.O primeiro-ministro também enfrenta a oposição do presidente americano,. Não é segredo que Netanyahu há anos demonstra mais simpatia pelo Partido Republicano e apoiou abertamente o ex-presidente Donald Trump na última eleição presidencial.
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