Para a socióloga Angela Alonso, que estudou os eventos que levaram às Jornadas de Junho de 2013, as pessoas tendem a pensar aquelas manifestações a partir de suas 'consequências', como uma 'causa', e o que gerou, mas a 'pergunta mais importante é pensa
, Angela destacou que tem"três grandes zonas de conflitos, áreas temáticas", que desencadearam naqueles protestos.
"Uma que é em torno da distribuição de recursos escassos, como acesso ao ensino superior, não só renda, outra que diz respeito à moralidade, se falou muito de corrupção por causa do mensalão, mas tem também uma dimensão em torno da moralidade privada, dos costumes, e tem uma terceira que a gente foi ver explodir mais pra frente que diz respeito ao controle da violência pelo Estado", declarou.
Angela ressaltou que esses movimentos se formam"a favor de mudanças ou contra mudanças em torno desses assuntos", de modo que"2013 foi uma confluência de tudo que foi se construindo ao longo de dois governos Lula e um começo de governo Dilma.
Delgado também rechaçou que os protestos daquele ano tenham sido responsáveis por originar grupos de extrema-direita como o MBL . "Parece que se apaga todo um processo político, como se o Brasil não fosse um país racista, classista, e se inventa um Brasil em que toda a maldição começou em Junho de 2013. Para mim esse [argumento] é pobre", completou.
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